A Rússia e a China são "aliados próximos", com seus laços funcionando em um nível muito alto e a cooperação bilateral em constante expansão, disse o presidente russo, Vladimir Putin.
"Nós nos vemos como aliados próximos, então é claro que sempre ouvimos uns aos outros, com isso quero dizer que temos em mente os interesses uns dos outros", disse ele em entrevista antes de sua visita de Estado à China no sábado.
Ele observou que a confiança mútua entre Moscou e Pequim atingiu um nível sem precedentes e estabeleceu uma base sólida para a cooperação bilateral, que agora cobre uma variedade de áreas, incluindo comércio, energia e infraestrutura.
Embora a Rússia e a China nem sempre cheguem rapidamente a um consenso sobre questões difíceis, elas podem fazê-las - por mais difíceis que sejam - servir ao propósito comum de promover a cooperação bilateral, para que sempre sejam capazes de encontrar soluções, acrescentou o presidente russo.
Todos os membros da União Econômica da Eurásia (UEE) concordam em fortalecer a cooperação com a China dentro de uma estrutura de cooperação da Rota da Seda proposta pelo presidente chinês Xi Jinping, disse Vladimir Putin.
O Cinturão Econômico da Rota da Seda é uma iniciativa "muito oportuna e atraente" que tem "grande potencial", comentou Putin.
Em uma recente reunião da UEE em Astana, capital do Cazaquistão, todos os cinco membros - Armênia, Bielo-Rússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia - expressaram apoio à realização de cooperação com a China dentro da estrutura do Cinturão, lembrou Putin.
Na primeira fase da cooperação, os dois lados podem estabelecer uma área de livre comércio, propôs ele, observando que o caminho fundamental do desenvolvimento econômico mundial e da cooperação UE-China é promover a abertura.
Enquanto isso, com cada vez mais países da região interessados em ingressar nas fileiras, "tentaremos evitar o estabelecimento de um bloco econômico e comercial fechado", acrescentou.